5 passos fundamentais no manejo da lavoura de soja
Descubra como garantir uma lavoura de soja eficiente e lucrativa em cinco etapas essenciais. Aumente a produtividade e rentabilidade com manejo integrado.
Descubra como garantir uma lavoura de soja eficiente e lucrativa em cinco etapas essenciais. Aumente a produtividade e rentabilidade com manejo integrado.
Cultivar soja é, no cenário atual do agronegócio nacional, uma expertise brasileira que vem se aprimorando e se fortalecendo desde a década de 1970. O país é o segundo maior produtor mundial de soja, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Hoje, são vinte os estados produtores e, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), isso se deu com o desenvolvimento de cultivares adaptadas às condições climáticas das diversas regiões do país, bem como a adoção da técnica do plantio direto, o que contribuiu com a inserção do grão em novas áreas e expandiu o cultivo do Sul para o Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Atualmente, os maiores estados produtores de soja do Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), são Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
A expansão permitiu aos agricultores o plantio em áreas de variados tamanhos, sendo que a produtividade média cresce à medida que há implementação de tecnologia. Mas o sucesso da produção brasileira está nas boas práticas agrícolas, que garantem a sustentabilidade do uso do solo e dos recursos hídricos, e a experiência de gestão, que se amplia a cada ano. Depois de tantos anos de pesquisa, expansão da cultura, adaptações e aumento da cadeia produtiva, hoje a maior vantagem é ter um processo consolidado de produção, focado no volume e na qualidade. Portanto, mais eficiente e que sabe lidar com o cultivo de um grão tão versátil.
A Brevant® Sementes selecionou cinco passos essenciais, ao longo de todo o cultivo da soja, para o sojicultor seguir um caminho bem-sucedido e colher uma produção rentável. Confira.
A primeira etapa começa antes de plantar, pela escolha da área que vai receber as sementes. Avalie as principais características do terreno: estrutura, histórico de uso, tipo de cultivo adotado, profundidade, capacidade de retenção de água (umidade) e plantabilidade. Sabe-se, ainda, que a soja se desenvolve melhor em solos com teores de argila que variam entre 15% e 35%. Esse levantamento vem da análise do solo e deve ser feito algumas semanas antes do plantio. As boas práticas de manejo do solo envolvem aplicação de calcário agrícola, gessagem e fosfatagem, sempre levando em consideração os resultados coletados na análise de solo.
Também é o momento de pensar no manejo inicial de plantas daninhas, que é a principal estratégia para a cultura se desenvolver e manter o potencial produtivo. As plantas daninhas competem com a cultura por água, luz e nutrientes.
A semente da soja precisa encontrar umidade no solo para que possa emergir, pois a germinação ocorre quando ela absorve água em quantidade suficiente. Também é importante entender todas as características das diferentes etapas que compõem o ciclo de vida da soja, para facilitar a troca com outros profissionais da área ao longo do processo.
Como existem diferentes cultivares para atender as diversas regiões do país, o primeiro quesito para escolha da semente de soja é que ela esteja adaptada à região onde será cultivada. Existem mais de 2 mil cultivares registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além da boa qualidade fisiológica, é imperativo selecionar sementes de alto poder de germinação, sem danos mecânicos e contaminação, e livre de pragas, doenças e plantas daninhas. Sementes certificadas contêm procedência e, portanto, a garantia dessas características, especialmente as genéticas, assegurando uma qualidade sanitária. A melhor opção de semente é sempre vinda de campos que seguem critérios regulamentados e inspecionados pelo Mapa.
Confira as cultivares da Embrapa e conheça as opções de cultivares de soja da Brevant® Sementes.
O produtor ainda pode realizar o tratamento das sementes, uma proteção preventiva que é estratégia crucial para a proteção contra patógenos e a obtenção do alcance de um estande (o número de plantas por unidade de área) inicial de qualidade. Busque essa segurança na escolha da cultivar para obter o máximo do seu potencial fisiológico.
Segundo a Embrapa, o ciclo da soja demora entre 90 e 120 dias, variando de acordo com a cultivar semeada. Em geral, as variedades mais utilizadas apresentam um ciclo de 115 a 125 dias. O início do plantio da soja varia de acordo com questões climáticas e ambientais, então a sugestão é que o sojicultor siga o calendário agrícola e confira o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) da Embrapa e do Mapa.
Depois do solo e das sementes, a hora é de cuidar da semeadura. E nesta fase, há dois cuidados: a distribuição das sementes na lavoura e a regulagem da máquina de plantio que faz essa distribuição.
O arranjo espacial no plantio é operação fundamental para que a cultura atinja o máximo potencial produtivo, cuidando da distribuição da semente e da forma como as plantas são dispostas na área. Não há fórmulas prontas, depende do tipo de crescimento da cultivar selecionada e da época de semeadura.
Essa distribuição também influencia o crescimento, a incidência de plantas daninhas, insetos-praga e doenças, a qualidade das pulverizações, acamamento e, consequentemente, a qualidade dos grãos. Bem mais do que detalhe, o arranjo pode resultar em produtividade até 60% maior. Atenção às orientações da Embrapa para aplicar a técnica corretamente: densidade da semeadura (plantas por hectare ou por metro quadrado), espaçamento entre as fileiras e uniformidade de distribuição de plantas dentro dessas fileiras.
No plantio de soja, tão importante quanto a preparação do solo, os cuidados com a semente e o processo da semeadura é a qualidade da operação. Parece óbvio falar da atenção do produtor com seu maquinário, mas a semeadora (ou plantadeira) precisa desse cuidado para resultar em cultivo eficiente. É preciso observar se todas as peças estão com funcionamento adequado, especialmente engrenagens e correntes, se a máquina está lubrificada, se os discos estão no tamanho ideal e se os sulcadores estão regulados na profundidade planejada.
Tudo deve estar em dia para que a máquina realize a operação corretamente: abrindo o sulco, depositando a semente e fechando o sulco. A regulagem deve ser feita no ato do plantio, bem como a aferição da quantidade de sementes que a plantadeira terá de depositar (por metro quadrado ou por metro linear). Após concluir essas etapas, os testes com a máquina devem ser concluídos no campo.
Outro quesito é o cuidado com a profundidade do sulco para o plantio. Especialistas indicam que todas as sementes de soja estejam na mesma profundidade, entre 2 e 4 cm aproximadamente, pois as sementes em boa profundidade garantem germinação e uniformidade.
O desenvolvimento adequado da lavoura necessita de umidade do solo e água durante todo o ciclo reprodutivo da soja, sendo que o ápice é o estágio reprodutivo. A temperatura ideal varia entre 20 e 30 graus
Você sabia que, atualmente, há mais de 40 tipos de doenças reconhecidas no Brasil que podem afetar uma lavoura de soja? Pois é, esse dado da Embrapa mostra que são muitos os motivos para ficar de olho na lavoura, literalmente, dia após dia. Felizmente, essa gama de doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides ou vírus pode ser controlada com práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Como o número de doenças da cultura da soja é grande, sua identificação exige conhecimento técnico (apoio de tecnologias e especialistas) para identificar precocemente e definir estratégias de manejo, já que cada caso exige um controle diferente. Felizmente, todos os passos anteriores conduzem o produtor a estar preparado para manter a longevidade da sua lavoura.
Isso significa ficar atento aos sinais que a planta dá e fazer um monitoramento diário da lavoura para identificar se há ou não a presença de alguma doença ou praga. Elas aparecem de forma visual, e a análise periódica da cultura permite o controle mais efetivo. Uma das práticas do MIP, por exemplo, é o monitoramento cuidadoso de cada talhão, aumentando a assertividade da aplicação de defensivos.
Os patógenos da soja podem ser responsáveis pela redução do rendimento da lavoura, provocando queda significativa da produção. Caso essa identificação não seja realizada com antecedência, o produtor enfrentará depois dificuldades para aplicar defensivos no momento certo e que resultem em controle fitossanitário eficaz. Além disso, trará aumento nos custos com inseticidas, fungicidas e nematicidas.
São muitas as etapas e os cuidados para o sojicultor. Contudo, estabelecer esse plano de ação coordenado resultará em uma gestão agrícola adequada e que usufrui do potencial do grão. Já se sabe, pelos resultados de cada safra, que apostar na eficiência não só evita perdas significativas como também propicia, a cada novo ciclo, uma colheita sustentável e com soja de qualidade, o que leva a melhores oportunidades de negócio e de lucro real.