Ciclo do milho influencia na escolha do cultivo
Híbridos precoces e hiperprecoces podem aumentar a competitividade da lavoura.
Híbridos precoces e hiperprecoces podem aumentar a competitividade da lavoura.
Estima-se que o milho híbrido é responsável por 50% do rendimento final da lavoura. Esse número reforça a importância de escolher a semente mais adequada para atingir seu potencial máximo de produção de acordo com suas características genéticas, condições climáticas, local do plantio e manejo da lavoura.
Um dos aspectos que o produtor deve considerar ao escolher o híbrido de milho é o seu ciclo – que varia entre precoce, superprecoce, hiperprecoce, e em alguns casos fala-se até em tardio. A escolha adequada do híbrido de acordo com o ciclo depende de fatores como o sistema de produção, a região, o clima, a época do plantio e a tolerância às principais doenças do local. Situações como a sucessão de culturas, maior chance de estresse climático e plantios escalonados também são fatos que pesam na decisão.
De acordo com Marcelo Augusto Strefling, Agrônomo de Campo da Brevant® Sementes e pós-graduado em Desenvolvimento Vegetal, a diferença entre os híbridos precoce, superprecoce e hiperprecoce é a duração do ciclo do plantio até a maturação fisiológica. O período varia conforme o clima, a região e a época de plantio, mas levando em consideração a maturidade relativa, eles podem ser definidos como:
Hiperprecoce: <=119 dias
Superprecoce: 120 – 130 dias
Precoce: 131-140 dias
O agrônomo observa que as vantagens de cada ciclo variam conforme o local de semeadura. “Na Região Sul, tratando de milho verão, o ciclo hiperprecoce é mais utilizado quando o produtor deseja fazer uma segunda Safra. Para isso, ele escolhe esse ciclo mais curto e planta o material na janela de abertura de plantio. Assim, consegue colher mais cedo e semear uma cultura na sequência. O ciclo precoce é mais utilizado para quem deseja fazer apenas uma única Safra, visando uma maior segurança no seu cultivo. A data de semeadura é variável conforme a estratégia do produtor. Existe, sim, a melhor janela para cada tipo de milho híbrido, mas também existem ajustes das janelas de plantio, levando em consideração o sistema de plantio da fazenda como um todo”, esclarece.
O agrônomo da Brevant® Sementes, Henrique Zanardo, esclarece que na região do Cerrado brasileiro há o cultivo da cultura do milho irrigado em vários meses do ano com diferentes objetivos – para a produção de grãos, semente e silagem, bem como cultivos de milho de sequeiro no verão e na segunda Safra (Safrinha). “A importância da escolha do ciclo do milho se dá principalmente nos cultivos de segunda Safra do Cerrado, pois existe limitação de disponibilidade hídrica à medida que nos aproximamos do inverno. Dessa forma, é importante que o produtor, caso tenha híbridos com ciclo tardio, posicione-os na janela de abertura, onde terão boa umidade durante grande parte do ciclo para seu melhor desenvolvimento e enchimento de grãos. À medida que a janela de plantio segue para o meio e fechamento, temos que posicionar híbridos com ciclos precoce e superprecoce, com intuito de que a possível restrição de chuva traga menos impacto na produtividade da lavoura. Vale ressaltar que temos híbridos em nosso portfólio que agregam em precocidade e estabilidade produtiva, que são fatores muito importantes para garantir boa produtividade ano após ano no Cerrado”, destaca.
Em relação à produtividade de cada ciclo, Strefling explica que ela varia de acordo com as condições ambientais às quais os híbridos são expostos, mas ambos os ciclos podem atingir altos tetos produtivos. Também existem diferenças no que diz respeito à tolerância do híbrido às doenças. Normalmente, os híbridos de ciclo mais longo têm uma tolerância melhor do que as de ciclo curto. “A redução do ciclo não reduz a pressão de doenças, o que reduz é o tempo de exposição do material às doenças”. No que diz respeito ao enfezamento do milho, ele destaca que na sua região de atuação, que é o Sul, “os híbridos com menor tolerância devem ser semeados na janela normal de plantio, evitando áreas antecipadas e finais, onde a pressão de cigarrinha é maior”.
Segundo o agrônomo, as diferenças de ciclo não impactam no manejo e as estratégias mudam de acordo com o clima durante o período de cultivo, e não necessariamente por causa do ciclo do milho. Além disso, o manejo de adubação para ambos os híbridos é o mesmo e deve ser feito a partir da análise de nutrientes do solo, extração ou exportação de nutrientes.
O grau de florescimento, também conhecido como Unidade de Graus de Crescimento (GDU) é o acúmulo diário de calor (limite térmico) necessário para o crescimento e o desenvolvimento do milho. Segundo Strefling, o cálculo é feito com a equação GDU = ((Temp máx. + Temp mín.)/2) - 10. Se a temperatura mínima estiver abaixo de 10 °C, deve-se usar 10 °C na equação, e se a temperatura máxima for acima de 30 °C, deve-se usar 30 °C na equação.
Exemplo: Temperatura máxima de 33 °C e mínima de 22 °C
GDU = ((30 + 22) / 2) - 10 = 16 GDUs.
“Para cada estádio fenológico do milho, ele precisa acumular um número específico de GDU. Os híbridos de ciclo hiperprecoce florescem mais rápido em comparação aos de ciclo precoce”, acrescenta Strefling.
O ciclo de um híbrido está relacionado ao número de dias da semeadura até a maturidade fisiológica.
Safrinha
No período da Safrinha na Região Sudeste, a tendência é optar por híbridos com ciclos mais precoces para evitar que as fases de florescimento e de enchimento de grãos coincida com o período de menor quantidade de chuvas, baixas temperaturas e com maior risco de geada. O objetivo é escapar do estresse climático na fase crítica da planta – o período reprodutivo. No Sul, o que mais impacta na escolha do híbrido é a possibilidade de geada durante o cultivo.
A Brevant® Sementes é uma das principais marcas de sementes de milho do Brasil, com mais de 30 híbridos, todos desenvolvidos com as mais avançadas biotecnologias para combinar proteção com rentabilidade e com tratamento industrial em 100% das sementes. Zanardo apresenta os principais híbridos de milho de acordo com o ciclo para ajudar você, produtor, a fazer a melhor escolha de acordo com a realidade da sua região.
Hiperprecoce:
• Milho Híbrido B2315PWU – Lançamento indicado somente para regiões do RS. Híbrido com boa tolerância ao estresse hídrico, rápido florescimento e alto teto produtivo.
Superprecoce:
• B2702PWU – Híbrido que responde ao investimento alto, com estabilidade e ótimo potencial produtivo, ótima sanidade de grãos, colmo e folha, e excelente qualidade de raiz. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2741PWU – Híbrido com grau de investimento médio/alto, com a finalidade de grãos, stay green acentuado e excelente qualidade de grãos. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2418VYHR – Híbrido com alta caixa produtiva, indicado para áreas de alto investimento. Região Sul.
• B2401PWU – Híbrido indicado para produção de grãos e silagem com boa qualidade bromatológica, com alto desempenho no sequeiro. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2360PWU – Híbrido que responde ao alto nível de investimento, apresenta alto potencial produtivo, ótima qualidade de raiz e colmo, bom porte de planta e inserção da espiga. Regiões Centro-Norte e Oeste.
• B2433PWU – Híbrido com grau de investimento médio/alto, com bom desempenho em condições de estresse hídrico, superprecoce e com estabilidade de produção. Regiões Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
Precoce:
• B2801PWU – Híbrido com alto teto produtivo, para áreas de alto investimento. Também tem possibilidade de ser utilizado em silagem de alto padrão. Regiões Sul, Leste e Nordeste.
• B2782PWU e B2620PWU– Dois materiais utilizados para silagem, ambos com boa qualidade bromatológica, bom desempenho em condições de estresse hídrico e boa tolerância ao complexo de enfezamento. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2900PWU – Híbrido indicado para grãos e silagem, com alto nível de investimento, bom desempenho em condições de estresse hídrico, com ótima sanidade foliar e qualidade de grão. Região Oeste.
• B2701PWU – Híbrido que responde ao alto nível de investimento. Tem alto potencial produtivo e ótima sanidade foliar e qualidade do grão. Regiões Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2612PWU – Híbrido com grau de investimento médio/alto, excelente sanidade foliar e qualidade de grãos, alto potencial produtivo, ampla adaptação e boa tolerância à estiagem. Regiões Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2688PWU – Híbrido que responde ao médio/alto investimento, com excelente qualidade de colmo, ótima sanidade foliar e considerado uma excelente opção para silagem. Regiões Leste, Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2800VYHR – Híbrido que responde ao alto nível de investimento, bom porte de planta, alto potencial produtivo e uniformidade de espigas. Regiões Centro-Norte, Oeste e Nordeste.
• B2810PWU – Híbrido para ambientes de médio/alto potencial produtivo, bom teto produtivo, uniformidade de espigas, excelente sanidade foliar e stay green acentuado. Regiões Leste, Centro-Norte e Oeste.
• B2828 – Híbrido para ambientes de médio/alto potencial produtivo, boa estabilidade produtiva, boa tolerância ao complexo de enfezamento, alta tolerância à ferrugem polissora, turcicum, complexo mancha-branca e doenças de colmo. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte e Oeste.
• B2829R – Híbrido para ambientes de médio/alto potencial produtivo, boa estabilidade produtiva, boa tolerância ao complexo de enfezamento, alta tolerância à ferrugem polissora, turcicum, complexo mancha-branca e doenças de colmo. Regiões Sul, Leste, Centro-Norte e Oeste.
• B2856VYHR – Híbrido para ambientes de alto potencial produtivo, ótima sanidade de folha, colmo e grãos, e bom desempenho em condições de estresse hídrico. Região Oeste.
• B2864PWU – Híbrido para ambientes de médio/alto potencial produtivo, alta estabilidade de produção, uniformidade de espigas, ótima qualidade de raiz e colmo. Região Oeste.