A lagarta-do-cartucho, também conhecida como lagarta-militar, é uma das principais pragas da cultura do milho, com ocorrência também em outras culturas de importância econômica, como o algodão e a soja. O inseto tem o hábito alimentar polífago, com clara preferência para gêneros de gramíneas.
O ciclo completo de desenvolvimento deste invasor ocorre em quatro fases: ovos, lagartas, pupas e adultos. O principal dano econômico ocorre na fase de lagarta, que dura até 22 dias, a depender do ambiente de desenvolvimento, enquanto sua fase adulta é a responsável pela oviposição e disseminação da praga na cultura.
Os ovos da lagarta são amarelados, enquanto as larvas têm uma coloração verde-marrom escurecida. Sua principal característica morfológica é a marcação frontal em formato de “Y”, além dos quatro pontos abdominais em formato de quadrado.
O dano causado pela lagarta é visível nas estruturas vegetativas e reprodutivas da planta, tornando-se mais severo conforme avança o desenvolvimento da cultura. O principal dano está ligado ao potencial fotossintético, que limita o potencial produtivo da planta.
As plantas atacadas na fase inicial do desenvolvimento são atingidas na região do cartucho e os danos causados podem atingir até 60% da produtividade esperada, a depender do nível de infestação.
Além das folhas e estruturas da planta, a espiga do milho também pode ser atacada, o que impacta diretamente o produto a ser comercializado.
Para determinar o manejo correto da praga, é necessário conhecer o seu nível de controle (NC), período anterior a atingirmos o nível de dano econômico (NDE). Para mais detalhes sobre o NC e o NDE e a importância do manejo integrado de pragas, acesse.
Segundo a Embrapa, o nível de controle para a lagarta-do-cartucho quando a cultura tem até 30 dias é de 20% das plantas atacadas na área. Para plantas com até 60 dias, o nível de controle é de 10% das plantas que apresentem algum sinal de ataque na área em análise.
Nos últimos anos, a resistência das populações de Spodoptera frugiperda para os principais inseticidas aumentou. Assim, a necessidade de utilização de novos métodos de controle é essencial.
Além disso, o emprego de inseticidas deve ser utilizado ainda na fase de raspagem, quando a lagarta não entrou no cartucho da planta, momento que dificulta o manejo químico. Com isso, o uso de plantas modificadas geneticamente (expressando proteínas inseticidas) é de extrema importância para a cultura.
Utilizando quatro proteínas de caráter inseticida, a tecnologia PowerCore® Ultra busca mitigar e sanar os ataques nas fases iniciais do desenvolvimento das lavouras, além de possíveis lacunas deixadas por outras tecnologias de controle. Com um espectro de atuação amplo, a tecnologia PowerCore® Ultra busca manter a cultura do milho mais limpa e protegida das pragas, dentre elas a lagarta-do-cartucho.
Vale destacar ainda a necessidade de integração de métodos de manejo, seja biológico, químico ou de tratos culturais, a fim de evitar o desenvolvimento de populações resistentes dentro da produção (acesse para mais detalhes).
A presença e intensidade de infestação da lagarta-do-cartucho, junto de seu hábito polífago de alimentação, afeta os sistemas produtivos e o resultado econômico.
O emprego de novas tecnologias, aliado às demais formas de manejo (biológico, cultural, químico), deve auxiliar a proteção da lavoura durante a produção da cultura, com a finalidade de manter altas produtividades e mitigar riscos da criação de resistências populacionais por parte das pragas.
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