O tratamento de sementes, aliado ao uso de sementes certificadas e de alta qualidade, é uma das medidas de controle preventivas mais eficazes para alcançar bons resultados na produção agrícola. Ele consiste na aplicação de diferentes produtos sobre a semente, com a finalidade de proteger a lavoura de pragas e doenças, evitando perdas e tendo como consequência uma melhor produtividade.
Nos últimos anos, com o desenvolvimento de novas tecnologias e maior automação dos sistemas produtivos, o Tratamento de Sementes Industrial (TSI) começou a ganhar mais força e relevância no agronegócio brasileiro. Segundo a Embrapa, entre as grandes culturas o milho é a espécie que tem quase a totalidade das sementes do sistema oficial tratada, seguido pela soja e pelo trigo.
Neste texto, vamos falar sobre um dos produtos aplicados no tratamento de sementes, que é o polímero. Ele pode proporcionar coloração diferenciada e uma série de benefícios para a semente tratada.
Segundo a Consultora de Serviços Técnicos para Tratamento de Sementes da Corteva Agriscience, Lígia Sá, o tratamento de sementes é feito com inseticidas, fungicidas, nematicidas, micronutrientes, inoculantes, entre outras substâncias. “O polímero é mais um produto, entre os vários utilizados no tratamento de sementes e aplicados individualmente ou em conjunto com outros para tratar e recobrir as sementes por meio de modernos tratadores com alta precisão de aplicação”, explica.
No tratamento de sementes com polímeros, é feita a aplicação de uma camada fina e uniforme do produto diretamente na superfície das sementes, o que proporciona melhor aderência de outras substâncias utilizadas no processo. Atualmente os polímeros são utilizados em diversas culturas, entre elas milho, soja, algodão, arroz e sorgo.
De acordo com a consultora, além de conceder o aspecto de coloração e identidade visual da semente, a utilização dos polímeros ajuda na adesão do tratamento à semente, melhora a fluidez no plantio e a plantabilidade, assim como reduz a formação e emissão de poeira.
“O produto também ajuda na melhoria de performance final das sementes tratadas e, após o plantio, contribui para a não lixiviação dos defensivos aplicados às sementes”, diz ela. A lixiviação ou perda de ativos do tratamento de sementes pode ocorrer em função de períodos prolongados de pluviosidade acentuada”, explica.
Lígia destaca ainda que é feito um trabalho de avaliação e cuidado pós-tratamento de semente, para assegurar que a mistura e aplicação dos produtos químicos não vá intervir na germinação e vigor das sementes, deixando-as aptas para o plantio, com a manutenção da sua qualidade inicial.
Estudos demonstram que sementes recobertas com polímeros auxiliam na redução do número de falhas, com consequente melhor estande de plantio. O produto também proporciona maior fluidez das sementes nas máquinas de semeadura, mas não descarta a necessidade de uso de grafite.
O tratamento das sementes pode ser feito de duas formas: na fazenda (on farm) ou na indústria (profissional), por meio do Tratamento de Sementes Industrial (TSI). Nos Centros de Tratamentos de Sementes (CTS), o tratamento de sementes com polímeros é realizado com aplicações automatizadas, utilizando equipamentos de alta tecnologia, que proporcionam cobertura e dose precisa na semente.
Segundo Lígia, há uma tendência crescente no uso de polímeros, principalmente quando se fala em TSI realizado pelas indústrias sementeiras, assim como a Corteva Agriscience, que já adota esta prática.
“Já o produtor que trata de forma on farm, ou seja, que trata suas sementes com equipamento próprio na fazenda, não tem por prática habitual o uso de polímeros, pois é muito comum o processo de plantio imediato ou algumas horas após o tratamento das sementes”, diz ela.
Centro de Tecnologia para Tratamento de Sementes (CSAT).
A Corteva Agriscience tem um Centro de Tecnologia para Tratamento de Sementes (CSAT), que é responsável por validar e certificar a qualidade do tratamento de sementes da marca e de seus parceiros. Este é o maior centro desta natureza na América Latina.
Com equipe altamente qualificada e tecnologia de ponta, as instalações do CSAT são especialmente projetadas para permitir o desenvolvimento e avaliações abrangentes de tratamentos de sementes.
No CSAT são realizados diversos testes e avaliações com polímeros e outros produtos. O desenvolvimento de receitas busca atender às necessidades dos agricultores e parceiros, unindo princípios ativos novos e ingredientes conhecidos para enfrentar desafios ambientais, pragas e doenças das culturas. Todas as receitas são previamente testadas para avaliar seu desempenho em diferentes condições ambientais do mundo.
Um case de sucesso recente citado por Lígia foi a alteração do polímero de milho utilizado nas marcas da Corteva Agriscience. “Com o novo polímero, observou-se melhor adesão do tratamento na semente, melhor desempenho da semente pós-tratada, menor emissão de poeira no manuseio, além de melhora no aspecto visual”, conta a consultora.
Para os especialistas, o tratamento de sementes é considerado uma prática muito importante, pela ótima relação custo/benefício e por proporcionar inegáveis vantagens para o produtor.
Por essa razão, a tendência é que ele seja utilizado por um número cada vez maior de empresas, de forma a auxiliar na performance dos produtos utilizados no tratamento de sementes, levando uma solução mais completa aos produtores.
Conheça o Centro de Tratamento de Sementes (CSAT) da Corteva Agriscience e saiba mais sobre os benefícios desta tecnologia.