Com uma janela de semeadura mais extensa, maior resistência aos climas secos e estresse hídrico, o sorgo é uma ótima opção para plantio na Safrinha.
Conhecido pela versatilidade e resistência, o sorgo se transformou na principal alternativa dos produtores para o plantio de grãos na segunda Safra. A cada ano, a área destinada ao cultivo do sorgo tem aumentado no país, trazendo mais oportunidades de negócios e lucratividade para os produtores.
De acordo com o 12º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22, divulgado em setembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), houve elevação de 19,4% no cultivo do grão. Saiu de 864,6 mil hectares no ciclo 2020/21, para 1.060 mil hectares no atual ciclo. Já o crescimento da produção chega a 36,9%, sendo estimado em 2,85 milhões de toneladas.
O sorgo é um grão muito tolerante ao estresse hídrico e se desenvolve em regiões com clima mais seco, se mantendo produtivo mesmo na estiagem.
Essa resistência existe por conta das características fisiológicas das plantas de sorgo, como dormência e enrolamento de folhas. Elas ajudam a melhorar convivência com o estresse hídrico de veranicos, comuns nos meses finais do período de chuvas. Isso aumenta a rentabilidade, pois uma cultura mais resistente à seca reduz os riscos do produtor.
Os tipos mais cultivados de sorgo são: granífero, forrageiro, vassoura, biomassa e o sacarino, muito utilizado como forrageira na produção de silagem por ter o caule doce e suculento, como a cana-de-açúcar.
Produtores e pecuaristas já reconhecem o sorgo entre os ingredientes forrageiros que podem oferecer, de forma sustentável, alimentos de boa qualidade e de baixo custo para a alimentação animal. Além de ser um excelente produtor de palha de alta qualidade, o sorgo pode ser usado nas rações para aves, suínos e ruminantes, com bom custo de produção.
Segundo a Embrapa Milho e Sorgo, o crescimento na produção do sorgo é explicado pelo alto potencial de produção de grãos e matéria seca da cultura, além da sua alta capacidade de suportar estresses ambientais.
A Embrapa também destaca que a cultura apresenta um bom desempenho no sistema de Integração Lavoura-Pecuária e na produção de massa. Entre os benefícios citados está a maior proteção do solo contra a erosão, maior quantidade de matéria orgânica disponível e melhor capacidade de retenção de água no solo, além de dar condições para o uso no plantio direto.
De acordo com a Conab, os cuidados com a plantação de sorgo são os mesmos dedicados às demais culturas: solo corrigido; época de plantio dentro da janela recomendada para cada região; escolha do híbrido melhor adaptado à região; adubação equilibrada; combate às pragas. Um dos principais manejos na cultura é o manejo do pulgão, principal praga do sorgo.
Além da adubação equilibrada e o uso de híbridos adaptados à região, outro cuidado especial é o plantio dentro da janela ideal, respeitando os calendários verificados em cada área produtora. Mesmo sendo uma cultura mais resistente à seca, o sorgo terá melhor desempenho em anos de precipitação farta e bem distribuída ao longo do ciclo.
Dados da Conab apontam que a região Centro-Oeste é responsável por 58% da produção de sorgo no país, com um volume em torno de 1,73 milhão de toneladas na Safra 2022/23.
Entre os estados, Goiás lidera a produção nacional, seguido de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Bahia. Toda a produção de sorgo é absorvida pelo mercado interno, não havendo espaço para exportação.
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