A compactação consiste na diminuição da porosidade do solo, o que reduz o volume de oxigênio e água nos poros. Geralmente é ocasionada pela ação de tensão aplicada no solo, resultante de operações mecanizadas.
Entre os fatores que influenciam o nível de compactação, pode-se citar a textura e estrutura do solo, o teor de água no momento da passagem do maquinário, a quantidade e distribuição da camada orgânica superficial residual da colheita e a pressão e frequência aplicada sobre o solo pelas máquinas agrícolas.
A compactação dos solos dificulta o crescimento das plantas, pois impede o desenvolvimento e a fixação das raízes, diminui a entrada e absorção de água e nutrientes, além de diminuir a aeração do solo e, consequentemente, a concentração de oxigênio, essencial para a planta.
O desenvolvimento de equipamentos pode ajudar nesses impasses agrícolas e possibilitar melhor e mais ampla utilização da agricultura de precisão no país.
O uso de tecnologias está cada vez mais presente no campo, o que garante diminuir os custos operacionais do agricultor. Dentre as operações agrícolas que usam o GPS, além da descompactação do solo, destaca-se a semeadura de soja, milho, sorgo, entre outras.
Sem muitas delongas ou recusas, a tecnologia é cada vez mais aceita entre os produtores. Entre as práticas tecnológicas utilizadas, uma que tem sido amplamente aplicada é o Sistema de Posicionamento Global (GPS, sigla em inglês).
O GPS revolucionou a maneira como o produtor e o agronegócio veem a terra de onde se obtém os lucros. Além disso, é considerado uma das principais ferramentas para alcançar bons resultados e aumento da produtividade.
Destacam-se algumas vantagens do uso desse recurso: rastreamento, redução das despesas, aumento da qualidade do serviço, gerenciamento ao longo de toda a cadeia produtiva com maior eficiência e sustentabilidade.
Não há receios quanto ao acolhimento das tecnologias no meio rural. Produtores que visam melhores resultados e aumento de produtividade investem conscientemente nessas eficientes alternativas.
Conforme comentado, a compactação, causada por diversos motivos, mas principalmente pelo peso das máquinas e suplementos imposto sobre o solo, prejudica o crescimento das plantas. Logo, diminui a produtividade e a produção.
Para quantificar os impactos causados por esse dano, é usado o penetrômetro, que, quando hidráulico e montado em veículo equipado com GPS, viabiliza a criação de mapas de compactação de solo.
Esse aparelho concede a identificação de áreas a serem descompactadas e a regulagem automática do implemento de descompactação para que ele trabalhe na profundidade correta.
O uso de ferramentas como essa auxilia o produtor de forma eficaz e confiável, proporcionando:
O uso das tecnologias na agricultura está intenso como nunca. Equipamentos e aparelhos auxiliam desde a semeadura até a colheita. Dados comprovam que o avanço tecnológico pode reduzir em cerca de 10% o custo com fertilizantes.
Durante a semeadura, devido ao aumento na eficiência do processo, há uma economia significativa no tempo e custo operacional da operação.
As tecnologias embarcadas em tratores, colhedoras [3] [4] e pulverizadores são controladas para facilitar e otimizar o trabalho do produtor rural. Assim, o produtor tem controle eletrônico da semeadura à colheita, o que favorece a redução de perdas e o aumento da produtividade.
As principais lavouras do país já são eficientes no uso de diversas tecnologias, desde o preparo do solo, na descompactação, semeadura, pulverizações, até a colheita. Todos os processos fazem uso de recursos inovadores. A produção de uma lavoura abastecida por tecnologia é inconfundível.
O penetrômetro (figura 1) é o aparelho que qualifica e quantifica a compactação do solo. Esse aparelho pode ser acoplado em tratores e é a maneira mais rápida e fácil de medir a resistência à penetração em várias profundidades, além de ser utilizado para relacionar fatores de resistência do solo à elongação radicular.
Figura 1. Imagem de um penetrômetro de impacto.
Fonte: Domínio público
Seu funcionamento é simples e consiste em uma unidade de armazenamento de informações, uma haste de metal e um pequeno cone metálico na extremidade. Juntos, promovem a informação de resistência do solo à penetração, revelando o nível de compactação do solo.
Visando simplicidade e bons resultados, a ferramenta é promissora e assegura os benefícios propostos.
Antes da semeadura, recomenda-se fazer a análise de compactação do solo. Se constatada compactação, usam-se escarificadores, que contêm hastes com ponteiras estreitas. Essas hastes são reguladas para funcionarem abaixo da camada compactada.
Normalmente, havendo alta produção de biomassa durante as safras e controle do tráfego de máquinas na lavoura, a escarificação do solo não precisará ser repetida. Além disso, é importante evitar ou alterar a rota de máquinas e implementos sobre as linhas de semeadura, reduzindo a compactação pelo efeito de tensão no solo.
Um processo que antes era árduo e exaustivo, a descompactação dos solos, hoje encontra-se mais amplamente conhecido e acessível, o que permite facilidade no preparo do solo.
É importante ressaltar que boas produtividades são originadas por bons preparos de solo e manejo de todo o processo de desenvolvimento da cultura. Não há melhorias e ganhos se não houver investimentos.
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