Dicas de especialista para escolher uma plantadeira de milho
Máquina otimiza o tempo do plantio de milho, resultando em maior produtividade e rentabilidade para o produtor
Máquina otimiza o tempo do plantio de milho, resultando em maior produtividade e rentabilidade para o produtor
O plantio mecanizado traz diversas vantagens ao produtor de milho, como aumentar a produtividade, reduzir custos, otimizar tempo, uniformizar o estande de plantas, melhorar o aproveitamento de janelas de plantio menores e planejar com mais facilidade a semeadura, sem contar que o investimento em uma plantadeira de milho também oferece outros benefícios, como tecnologia mais avançada, eficiência operacional, precisão no plantio, menor manutenção e, em alguns casos, a capacidade de lidar com diferentes tipos de solo, o que pode resultar em maior produtividade e economia a longo prazo.
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Paulo Missio, gerente de Produto para as Culturas de Soja e Milho da John Deere para a América Latina, aponta que a operação de plantio é considerada a etapa mais importante no sistema de produção de grãos, pois é nesse momento que se estabelece o máximo potencial produtivo da cultura. “O produtor que investe hoje em tecnologia, independentemente do seu porte e conhecendo a sua realidade, sabe que o benefício gerado é muito maior do que o valor inicial de investimento. A tecnologia se tornou uma grande aliada dos agricultores e a conectividade se faz fundamental para que o produtor possa usufruir de toda a inovação disponível para obter a máxima produtividade da lavoura, tornando possível o gerenciamento do que está acontecendo em tempo real na fazenda”, observa.
A plantadeira de milho é uma máquina acoplada ao trator para fazer a semeadura após o preparo do solo. Ela tem funções importantes que reduzem os esforços do trabalho humano e o tempo de plantio, resultando em mais agilidade. O maquinário armazena sementes em seu reservatório, corta a palha presente no solo, deposita adubo e semente de maneira controlada e direcionada, cobre a semente e compacta levemente o solo para eliminar bolsões de ar. Para executar essas funções, a plantadeira deve ter sulcadores, rodados, controladores de profundidade, marcadores de linha, cobridores de sulco, reservatório e tubos condutores.
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“O plantio mecanizado oferece vantagens significativas em termos de eficiência, precisão e rapidez. Comparado ao plantio manual, um processo que vem sendo substituído pelos produtores ao longo dos anos, ele é mais rápido, permite uma distribuição uniforme das sementes, reduz o esforço físico, possibilita um espaçamento preciso entre as plantas (plantabilidade), consecutivamente aumentando a produtividade da colheita”, destaca Raul Capparelli, gerente comercial da Baldan Implementos Agrícolas.
A otimização do tempo é, sem dúvida, uma das diferenças mais marcantes entre o plantio manual e o mecanizado. Capparelli observa que o tempo economizado pode variar, mas é significativo. “Enquanto o plantio manual pode levar várias horas para cobrir uma área, uma máquina pode realizar o mesmo trabalho em uma fração desse tempo, aumentando a eficiência e permitindo o plantio de áreas maiores em prazos mais curtos”, explica.
Para Missio, no contexto da produção comercial de milho, o plantio manual é impraticável. Seriam necessários vários dias para plantar manualmente um hectare do grão, enquanto o plantio mecanizado é capaz de abranger uma área de até 300 hectares em único dia, dependendo do tamanho e do nível de tecnologia da plantadeira. “Outro fator impactante é a redução da janela de plantio, pois é necessário estabelecer a cultura no momento correto, a fim de obter o seu máximo potencial produtivo.
Com o plantio mecanizado, o produtor rural pode cada vez mais trabalhar com a chamada ‘agricultura de precisão’, que, somada ao conhecimento, se torna ‘agricultura de decisão’, em que é possível transformar dados em valor e inteligência para a tomada de decisão assertiva e em tempo real”, ressalta.
O trabalho conjunto da internet e da tecnologia permitem cada vez mais a sincronia da gestão e equipamentos no campo. Missio relata que a John Deere, por exemplo, trabalha com dados em nuvens e conexão total, o que possibilita o cruzamento de dados colhidos pelas máquinas e a identificação de oportunidades de redução de custos, otimização da operação das máquinas e zonas de manejo.
O conforto proporcionado ao operador do equipamento ainda facilita a execução de diversas funções de maneira fácil e ágil, resultando em maior produtividade. “Trata-se de utilizar o equipamento certo, no momento certo, no lugar certo, otimizando ao máximo o que cada máquina tem a oferecer em cada situação. Com isso, consequentemente, também é nítida a diferença na questão da sustentabilidade”, acrescenta.
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O avanço e o aprimoramento constante de tecnologias empregadas no desenvolvimento de equipamentos agrícolas fazem com que esse mercado cresça cada vez mais, com diversas opções para o produtor escolher. Mas como saber qual é a melhor opção diante do grande número de máquinas inovadoras, funcionais e modernas?
Entre os fatores que precisam ser observados, estão:
O mercado oferece uma série de plantadeiras, cada uma projetada para atender a diferentes necessidades. A pedido do blog Além da Lavoura, Capparelli listou os principais tipos:
Missio reforça que existem diversos tipos e tecnologias de plantadeiras disponíveis no mercado e cada solução é adequada a diferentes condições de solo, palhada, relevo, tamanho de propriedade e qualidade de plantio desejada pelo produtor. “A escolha do sistema de sulcadores e/ou componentes de ataque ao solo deve ser definida de acordo com as condições de solo e da lavoura. Por exemplo, em solos leves e com pouca palha, podem ser usados sulcadores de discos. Já nos mais compactados, é recomendada a adoção de hastes sulcadoras e disco de corte frontal. A definição do nível de tecnologia embarcada, como dosadores de semente, monitoramento e conectividade, depende da precisão e qualidade de plantio buscada pelo produtor”, conclui.
Plantadeira, plantadora e semeadeiraApesar dos termos serem populares no universo agrícola, existem certas diferenças entre os maquinários agrícolas. Para fins de padronização em documentos e publicações científicas, de acordo com informações da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola – SBEA, a semeadeira é uma máquina acoplada ao trator para realizar a introdução no solo de pequenas sementes. Esse tipo de máquina também pode ser chamada de plantadeira, sendo que a semeadora de fluxo contínuo é considerada do grupo das semeadeiras e a de precisão como sendo do grupo de plantadeiras. Já a plantadora realiza o plantio de culturas ou sementes grandes, com a colocação no solo de partes vegetativas das plantas, como tubérculos, manivas e toletes. Ainda existe a transplantadora, responsável pela operação com mudas, ou seja, introduz no solo plantas em seu estágio inicial. Raul Capparelli traz uma definição simplificada, sendo que a principal diferença entre os conceitos se refere ao método de operação e à função. A semeadeira é uma máquina mais simples, que distribui as sementes de forma mais geral, em fluxo contínuo, com pouca precisão no espaçamento e na profundidade de plantio. Já a plantadeira é um equipamento mais completo, capaz de realizar o plantio das sementes em fileiras, com espaçamento regular e em uma profundidade específica no solo. Paulo Missio afirma que as plantadeiras são mais indicadas para culturas que requerem o espaçamento definido entre plantas, como soja, milho e algodão, enquanto as semeadeiras são aplicadas para culturas que não requerem controle de espaçamento, como trigo, aveia e outras similares. |