Saiba tudo sobre manejo eficiente de plantas daninhas na cultura da soja e a efetividade do Sistema Enlist®. Confira o artigo.
Escrito por Rodnei Santos, Agrônomo de Campo da Brevant® Sementes.
Durante o desenvolvimento da cultura da soja, diversos fatores podem comprometer o potencial produtivo em diferentes níveis. No entanto, o manejo inadequado das plantas daninhas pode ocasionar perdas superiores a 52% (Galon et al., 2022).
Considera-se planta daninha toda planta que se desenvolve em um local não desejado e causa prejuízos econômicos ou produtivos na cultura de interesse. Dessa forma, deve-se realizar o controle de toda planta que interfira no desenvolvimento das plantas de soja. Elas surgem por meio da competição por nutrientes, luz e água, ou então produzem substâncias alelopáticas. Além disso, podem ser hospedeiras de pragas ou doenças (Franceschetti et al., 2019).
O controle das plantas daninhas é um procedimento sistemático adotado para minimizar a interferência das plantas daninhas e otimizar o uso do solo. O processo se inicia com a correta identificação das espécies presentes na área, bem como a identificação do estágio de desenvolvimento e da presença de espécies tolerantes a herbicidas. Atualmente, diversas espécies apresentam níveis de tolerância a herbicidas, por exemplo a planta daninha conhecida como Buva (Conyza bonariensis), que surgiu com relatos de biótipos resistentes ao glifosato e, recentemente, de resistência a ALS.
A utilização de herbicidas de forma sucessiva com o mesmo mecanismo de ação pode colaborar para o surgimento de populações de espécies de plantas daninhas resistentes ao mecanismo de ação do herbicida. Dessa forma, levando à perda da eficiência dos herbicidas e ao consequente prejuízo na produtividade na lavoura devido à ineficiência do controle e da competição entre a planta daninha e a planta cultivada.
Assim, com o objetivo de facilitar o manejo de plantas daninhas de difícil controle, auxiliar os produtores a enfrentar as plantas daninhas tolerantes a herbicidas e reduzir a incidência destas, a Corteva Agriscience desenvolveu o Sistema Enlist®.
Buscando ampliar o número de herbicidas seletivos para a cultura da soja e facilitar ao produtor rural o controle das plantas daninhas na pós-emergência da soja, o Sistema Enlist® é a escolha mais simples.
A Soja Enlist E3® apresenta tolerância a 3 herbicidas: Enlist® Colex-D® (novo 2,4-D sal de colina), glifosato e glufosinato de amônio. Dessa forma, o produtor rural pode realizar aplicações sequenciais na pós-emergência da soja, com rotação de mecanismos de ação. Essa prática permite a redução de pressão de seleção e, consequentemente, redução da probabilidade do surgimento de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas (LIU et al., 2021).
O Sistema Enlist® contempla herbicidas que foram planejados com o intuito de auxiliar os produtores. Ele busca ajudar a enfrentar os principais desafios no controle das plantas daninhas por meio de uma escolha simples. Assim, pode-se utilizar os herbicidas Enlist® Colex-D®, glifosato e glufosinato de amônio.
Enlist® Colex-D® é um herbicida sistêmico, composto principalmente por 2,4-D sal de colina, que apresenta mecanismo de ação dos mimetizadores das auxinas. O Enlist® Colex-D® pode ser aplicado na pré e na pós-emergência da cultura da soja que tem a tecnologia Enlist®.
A tecnologia Colex-D®, em sua formulação, traz vários benefícios. Dentre eles, o excepcional controle das plantas daninhas, o maior controle na aplicação pela redução no potencial de deriva, ultrabaixa volatilidade proporcionada pelo sal de colina e é compatível com diversos sais de glifosato.
No entanto, sempre se deve utilizar as recomendações de dose e modo de aplicação de acordo com a bula do produto e consultar um engenheiro agrônomo. Assim é possível obter um direcionamento das principais estratégias de controle por região, para o manejo de resistência e controle eficiente das plantas daninhas.
