Com o desenvolvimento de novas tecnologias e maior automação dos sistemas produtivos, o Tratamento de Sementes Industrial (TSI) começou a ganhar mais força e relevância no agronegócio brasileiros nos últimos anos.
O tratamento, realizado em Centros de Tratamentos de Sementes (CTS) ou Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS) em escala industrial, consiste no preparo de uma calda de defensivos aplicado diretamente no lote de sementes. Essa mistura deve acontecer pouco antes da semeadura, para evitar o risco de descarte de grãos tratados.
No Brasil, a Corteva Agriscience possui um Centro de Tratamento de Sementes (CSAT) no município de Formosa (GO), responsável por validar e certificar a qualidade do tratamento de sementes da marca e de seus parceiros. É o maior centro dessa natureza na América Latina. Com equipe altamente qualificada e tecnologia de ponta, as instalações do CSAT são especialmente projetadas para permitir o desenvolvimento e as avaliações abrangentes de tratamentos de sementes.
O gerente de serviços técnicos da Corteva Agriscience para a América Latina, Sérgio Rodrigues, que coordena a estrutura do CSAT, destaca que a unidade tem a capacidade técnica para testar e avaliar todos os tratamentos de sementes, de forma a conhecer e entender o que vai acontecer com elas após o tratamento.
“A Corteva Agriscience é uma empresa que tem mais de 100 anos de experiência em agroquímicos e sementes. Além de conhecer bem as duas áreas, sabe como fazer e como procurar melhorar o processo de tratamento de sementes, de forma a preservar a qualidade delas”, afirma.
As sementes avaliadas no CSAT passam por um rigoroso processo de testes para garantir que os tratamentos de sementes protejam, apresentem bom desempenho para a solução de desafios na fazenda e agreguem valor aos agricultores e parceiros comerciais.
O desenvolvimento de receitas busca atender às necessidades do agricultor e parceiros, unindo princípios ativos novos e ingredientes conhecidos para enfrentar desafios ambientais, pragas e doenças das culturas. Todas as receitas são testadas para avaliar seu desempenho em condições ambientais do mundo real.
O teste de compatibilidade, por exemplo, verifica todos os produtos que serão utilizados na receita, e confere se são compatíveis, se podem ser misturados, ou se um produto pode interferir na performance de outro, impedindo a aplicação. “Já o teste de abrasão tenta simular uma condição de transporte da semente, que possa gerar algum descascamento ou desprendimento do tratamento que ela recebeu”, explica Rodrigues.
Os tratamentos de sementes também passam por um processo exclusivo chamado PASSER. É uma avaliação de desempenho feita em seis etapas: aspectos regulatórios, capacidade de plantio, eficácia, aplicação, minimização de efeitos adversos potenciais em pessoas e meio ambiente (stewardship) e a segurança de sementes (seed safety), que garante que os tratamentos não afetem de forma adversa a germinação das sementes.
Segundo Rodrigues, esse é o teste padrão de avaliação de qualquer material de milho na Corteva Agriscience. “Ao desenvolver um produto novo no tratamento de sementes nas marcas internas da Corteva Agriscience, nós realizamos o teste PASSER passando por todas essas seis etapas, para então avançar em uma nova receita ou tratamento”, afirma.
Confira o que acontece em cada uma das etapas do PASSER:
Plantabilidade: O foco dessa etapa é maximizar a fluidez das sementes e a precisão de plantio. As receitas de tratamento de sementes da Corteva Agriscience são testadas utilizando simuladores de plantio nos laboratórios do CSAT, verificando a queda, a distribuição e o posicionamento preciso das sementes.
Assertividade (ativo): Na etapa de aplicação, os processos passam por um refinamento, para trabalharem todas as propriedades da semente (tamanho, formato, híbrido/variedade) e condições ambientais. Produtos e combinações são testados quanto à consistência, à uniformidade de aplicação, à adesão dos produtos e emissão de poeiras, em uma ampla variedade de condições.
Seed Safety (Segurança de Sementes): A Corteva Agriscience investiga cuidadosamente cada receita de tratamento de sementes em relação a quaisquer potenciais efeitos negativos na germinação. Os tratamentos são estudados extensivamente em nossos laboratórios de pesquisa e casas de vegetação, em mais de 60.000 parcelas anualmente, e nas lavouras de agricultores reais em toda a rede de testes.
Stewardship: Essa etapa busca a minimização de efeitos adversos potenciais em pessoas e meio ambiente. Os tratamentos de sementes da Corteva são avaliados para garantir que minimizem a exposição de espécies não alvo e se adaptem a práticas agrícolas responsáveis.
Eficácia: É o momento de confirmar se o Tratamento de Sementes foi eficaz e apresenta performance conforme o esperado, mesmo em ambientes desafiadores. Os produtos de tratamento de sementes da Corteva Agriscience são especialmente selecionados por suas características agronômicas para complementar a genética das sementes.
Regulatório: É a etapa do cumprimento de regulamentos e diretrizes. A Corteva trabalha em estreita colaboração com as agências reguladoras globais para que nossos produtos de Tratamento de Sementes atendam às diretrizes regulatórias e os agricultores tenham acesso ao mercado por meio de safras colhidas com o uso de sementes tratadas.
Todo o conhecimento e estrutura do CSAT estão disponíveis para auxiliar produtores, multiplicadores, cooperativas e distribuidores, sempre levando em conta as características específicas de cada lavoura, para entregar confiança e performance na fazenda.